Ecoturismo nem sempre respeita ambientes naturais

12/08/2011 14:44

Você já teve vontade de levar para casa uma – ou algumas – conchinhas – durante uma viagem a praia? Ou ficou tentado em caminhar sobre uma piscina de corais coloridos? Leve em conta que isso pode afetar seriamente o ecossistema visitado. Aliás, o fenômeno já vem acontecendo em alguns locais, como em Porto de Galinhas, famosa praia de Pernambuco.

Uma parte da fauna marinha dos recifes da região, já foi afetada ou mesmo destruída por conta do alto número de visitantes, assim informa um estudo da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Dentro das piscinas naturaisos efeitos nocivos gerados pelo movimento excessivo das águas ou até pela depedração dos habitats, vão contra os fundamentos básicos do ecoturismo. Segundo o Instituto Brasileiro de turismo – EMBRATUR, a prática representa um segmento de atividade turística que utiliza de forma sustentável o patrimônio natural e busca a conscientização por meio da promoção do bem-estar das espécies e populações envolvidas.

 

Os danos nas piscinas de Porto de Galinhas não são maiores, apenas porque o acesso aos recifes é bem limitado – apenas 7% do locais de interesse biológico são liberados, e esses já perderam 55% dos animais que viviam em meio às algas, de acordo com a bióloga Visnu Sarmento. Ela afirma que a passagem de turistas sobre os locais fez diminuir 11% das espécies de microcrustáceos, parentes distantes de camarões e siris.

“A continuidade da exploração agressiva do turismo, pode provocar a extinção de espécies nos recifes de Porto de Galinhas. A longo prazo, também pode levar a um desequilíbrio na cadeia alimentar da fauna local”, comentou a bióloga em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo. Segundo a mesma reportagem, os recifes podem levar até 200 anos para se recuperarem das ações dos homens. 

Fonte: greenvana.com

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