Fernando de Noronha: O paraíso continua ameaçado

28/01/2012 11:41

O paraíso 

 

"O paraíso é aqui." Foram as primeiras palavras do explorador italiano Américo Vespúcio quando, em 1503, chegou nessa ilha onde os muitos verdes da vegetação parecem mais verde e os vários azuis, mais azuis. Financiado por Fernão de Noronha, um novo cristão comerciante de pau-brasil, ele realizava a segunda expedição exploratória à costa brasileira quando a principal nau de suas seis naufragou e Américo viu-se obrigado a levar toda a sua embarcação para um lugar seguro. Mal sabia ele que estava descobrindo um dos pontos mais bonitos do planeta, que viria se tornar o sonho de todo turista que busque relaxar mantendo um contato especial com a natureza. A descrição deste belo paraíso está na matéria Fernando de Noronha é melhor destino para amantes de natureza, do Terra.

 

O 'Pecado'

 

Em uma reportagem especial sobre este paraíso, o Jornal do Commercio, nos mostrou o verdadeiro descaso público com esta ilha e o seu povo. Veja A República de Noronha. O paraíso às avessas. Em texturas, retratos e flagrantes que se distanciam dos dias ensolarados, do azul cristalino do oceano, da beleza exuberante de uma Fernando de Noronha que o mundo acostumou-se a enxergar ou a imaginar. Aqui o cartão-postal emoldura uma outra ilha: a República de Noronha. O turista vai e não vê. Ninguém vê. Ninguém sabe dos meninos de pés de plásticos que desafiam a lama para chegar à escola, num ritual tão humilhante quanto cotidiano. O pacote turístico não prevê visitas ao Carandiru, como é chamado o prédio público ocupado por famílias que vivem espremidas em quartinhos, disputando varal e banheiro coletivos. Tampouco passeia pela favela de iglus, que se esconde no quintal do Projeto Tamar. Este, sim, visitado e festejado. Coisa de Primeiro Mundo. Mas quem se arrisca a olhar por trás das maquetes de tartarugas gigantes que enfeitam o local vai descobrir moradores vivendo em casas de zinco, com ratos, mosquitos e paredes que dão choque quando chove.

 

O lixo 

 

O iG trás uma reportagem nos mostrando que os descasos continuam. A OAB-PE denuncia irregularidade no transporte de lixo de Fernando de Noronha.

Denúncia feita pela comissão da OAB-PE foi enviada à Agência Nacional de Vigilância Sanitária e Ministério do Meio Ambiente. 

Na madrugada de hoje (27) foi transportado o primeiro lote de 1,5 tonelada de lixo de Fernando de Noronha para Recife. A medida emergencial visa retirar o excesso de lixo depositado em uma área entre o aeroporto e as praias do Bode e Cacimba do Padre. A previsão é que a carga chegue ao porto de Suape neste fim de semana, onde será encaminhado para o aterro sanitário da CTR Candeias, em Jaboatão dos Guararapes. Ao todo, serão três viagens ao continente para desembarcar cerca de 350 a 400 toneladas de lixo por vez..

 

 

 

 

 

 

Tópico: Fernando de Noronha: O paraíso continua ameaçado

Nenhum comentário foi encontrado.

Novo comentário