Os "indignados" gregos contra o plano de ajuste

Página/12 Milhares de gregos saíram às ruas, pelo quinto dia consecutivo, para protestar contra o severo plano de ajuste implementado pelo governo socialista do país. "Se nós temos que viver com 500 euros mensais, que os políticos, sem exceção, também o façam", disseram os manifestantes em Atenas.
"Se nós temos que viver com 500 euros mensais, que os políticos, sem exceção, também o façam". Essa foi uma das frases que marcou a manifestação reunindo mais de 40 mil pessoas neste domingo, em Atenas, contra os planos de austeridade econômico impostos pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para enfrentar a grave crise econômica que se abateu sobre o país. A convocação para os protestos foi feita principalmente pelo movimento "Cidadãos indignados", organizado em redes sociais pela internet.
Na capital grega, os protestos reuniram mais de 40 mil pessoas na praça Syntagma, em frente ao Parlamento. A convocação para os protestos foi feita principalmente pelo movimento "Cidadãos indignados", organizado em redes sociais pela internet. As pessoas gritavam "ladrões, ladrões", dirigindo-se ao Parlamento. Outros sustentavam que os trabalhadores assalariados e os aposentados não podem pagar o preço das crises financeiras provocadas pelas elites políticas e econômicas.
Segundo informaram meios de comunicação gregos, os protestos reuniram pessoas de todas as idades. Também ocorreram manifestações em Tessalônica. Os movimentos foram pacíficos. Muitos manifestantes planejavam permanecer durante toda a noita nas praças. Os organizadores do protesto declararam que protestariam contra as medidas de arrocho "todo o tempo que pudessem".
Tradução: Katarina Peixoto
Fotos: Página/12