Plantas do Catimbau em cartilhas

14/11/2012 21:24

 

Publicado no Jornal do Commercio, em 13 de novembro de 2012.

Com o mesmo rigor de artigos científicos, mas numa linguagem bem mais acessível, pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco elaboraram uma série de fôlderes sobre a flora do Parque Nacional do Vale do Catimbau, com 62.300 hectares, no Sertão de Pernambuco.

As três primeiras publicações tratam de espécies ameaçadas, endêmicas (restritas ao local) e invasoras. Há ainda mais três no prelo. Uma será sobre orquídeas e bromélias e a outros sobre cactos. O tema da última ainda não foi definido. Há a possibilidade de o folder ser produzido por alunos das duas escolas da localidade. “Nesse caso, os estudantes escolheriam o tema”, explica o coordenador do projeto, Marccus Alves, do Departamento de Botânica da UFPE.
O material impresso é distribuído na entrada do parque, vinculado ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Ministério do Meio Ambiente. “Pessoas que visitam o lugar sentiam falta desse tipo de informação”, justifica.

Entre as espécies raras e ameaçadas, duas se destacam por serem encontradas apenas no Catimbau. Uma é a Mandevilla catimbauensis, que tem flores roxas com o centro amarelado, enquadrada na categoria vulnerável à extinção. A outra é a bromélia Tillandsia catimbauensis, que cresce nos paredões rochosos do parque nacional.

Ao todo, são 56 plantas exclusivas da caatinga encontradas no Vale do Catimbau, transformado em parque em 2002. Entre os cactos, um dos endêmicos é o mandacaru, que atinge até cinco metros e tem frutos comestíveis.

Entre as invasora, são contabilizadas 12 espécies. Marccus Alves, do Laboratório de Morfo-Taxonomia Vegetal, lembra que se trata de plantas exóticas, ou seja, de outros países, que representam ameaça às espécies nativas, pois competem por espaço. “Dessas, a leucena e a algaroba são as mais agressivas no ambiente”, diz.

Nativa da América Central, a leucena foi introduzida no Brasil como planta ornamental. No Catimbau, é encontrada perto de lavouras abandonadas. Já a algaroba, originária do Peru, entrou no Brasil na década de 40 para servir de alimento para o gado nordestino.

Além de Marccus Alves, assinam os textos os biólogos Suellen Santos e Geadelande Delgado. O projeto tem o apoio financeiro da entidade americana Beneficia Fundation. do ICMBio e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Abaixo, veja a cartilha das plantas raras e ameaçadas. Para visualizar, clique na barra do quadro, no último ícone à direita, e ESC para retornar.

Abaixo, veja a cartilha das plantas endêmicas. Para visualizar, clique na barra do quadro, no último ícone à direita, e ESC para retornar.

Abaixo, veja a cartilha das plantas invasoras. Para visualizar, clique na barra do quadro, no último ícone à direita, e ESC para retornar.

Fonte: Blog da Ciência e Meio Ambiente

Tópico: Plantas do Catimbau em cartilhas

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